O prefeito Fernando Haddad já indicou a maioria de seus secretários municipais.
Cinco deles são vereadores reeleitos: Donato do PT, secretário de governo, Eliseu
Gabriel do PSB, secretário de desenvolvimento econômico e trabalho, Netinho de Paula
do PC do B, secretário da igualdade racial, Roberto Trípoli do PV, secretário do verde e
meio ambiente, e Celso Jatene do PTB, secretário dos esportes.
Estes cinco vereadores pertencem a cinco partidos diferentes, o que leva o prefeito
a obter uma ampla maioria na Câmara. E o prefeito ainda nomeia um vereador não
reeleito, Chico Macena do PT, para secretário das Subprefeituras.
Seria uma escolha pela eficiência ou a continuação da tradicional barganha com o
legislativo, nomeação em troca de apoio político?
E a nomeação de vereador não reeleito, seria uma escolha de eficiência ou um premio
ao correligionário?
O prefeito ainda afirmou que as indicações para as subprefeituras poderão ser feitas por
vereadores com influência em movimentos sociais. Não haveria então o risco a volta
do loteamento das subprefeituras entre os vereadores, como ocorreu nas administrações
Maluf e Pitta, com os conhecidos resultados, inclusive o escândalo da máfia dos fiscais,
um dos maiores casos de corrupção da administração de São Paulo?
São indagações que inquietam os paulistanos que esperam do prefeito eleito uma
administração eficiente, livre da corrupção e dos velhos vícios que infernizam a vida
pública brasileira.
Pedro Korngold
Voluntário do MVC